A responsabilidade de integrar e desafiar as novas gerações

O menino Timóteo aprendeu de sua mãe Eunice e de sua avó Loide sobre uma fé não fingida e verdadeira, e o apóstolo Paulo ensinou-lhe os caminhos do evangelho e da missão (2Tm 1:5).

Esse ensino é parte da responsabilidade dos pais e membros da igreja. “Os pais devem revestir-se da armadura, e, por meio do próprio exemplo, ensinar as crianças a ser missionárias”, instruiu Ellen White (Conselhos Sobre Educação, p. 184).

Luene (30 anos) e Pedro Ladeira (34) moram em Nazaré (TO). Desde seu batismo, em 2018, educam o Pedro (7), seu único filho, nos caminhos do Senhor. Em 2019, surgiu “Juntos”, um plano de discipulado dos pais para seus filhos, e eles o aplicam em casa.

Na primeira etapa do programa, os pais estudaram a Bíblia junto com o filho e o incentivaram a orar por um amiguinho que não fosse adventista. Na segunda fase, os pais auxiliaram o filho a estudar a Bíblia com o amigo por quem ele orou.

Durante nove meses, Pedro Henrique orou por Gustavo Calebe (7), seu colega da escola. Entretanto, os pais de Gustavo e os pais de Pedro não se conheciam. Gustavo é filho de um engenheiro civil que tinha chegado havia pouco tempo na região.

Luene fez o convite para Pedro estudar a Bíblia com o Gustavo. A mãe de Gustavo (27) aceitou o convite e se admirou em saber que tinha uma criança orando por seu filho. Os estudos começaram, e a amizade entre as famílias foi se estreitando.

Amanda e o esposo, Yuri ­Teixeira (31), desejaram estudar a Bíblia também. Pedro e Luene nunca tinham ministrado um estudo bíblico e não se sentiam preparados. Mesmo receosos, começaram a estudar junto com o casal de amigos.

Graças a Deus, as crianças e os adultos puderam compreender mais sobre a Palavra de Deus e a missão. Antes mesmo do batismo, Yuri e Amanda já estavam servindo. Participaram com seus discipuladores do Impacto Esperança e dos 10 Dias de Oração.

As duas famílias foram transformadas pelo poder do Espírito Santo. Luene e Pedro perderam o medo de compartilhar o amor de Deus e continuam dando estudos bíblicos. Amanda foi batizada e atua na igreja como professora das crianças na Escola Sabatina. Yuri também decidiu pelo batismo e hoje é professor de Escola Sabatina e pregador do evangelho. Pedro, além de continuar estudando a Bíblia com outros amiguinhos, passou a pregar na igreja. Juntamente com o Gustavo, tomou a decisão mais importante de sua vida: ser batizado, ter a Bíblia como guia e valorizar Jesus como o melhor Amigo.

“Jesus amava as crianças; considerava-as como membros mais jovens da família do Senhor. Tratava-as sempre com bondade e respeito, e os mestres devem-Lhe seguir o exemplo. Devem ter o verdadeiro espírito missionário, pois as crianças precisam ser preparadas para se tornarem missionárias”, comenta Ellen White (Conselhos Sobre Educação, p. 187).

Na Divisão Sul-Americana, 1.047.284 são menores de 30 anos (41% do total de membros). Isso sem mencionar as crianças da Escola Sabatina, os desbravadores, aventureiros e alunos da educação adventista que não são batizados. Na última década analisada, batizamos 1.443.151 menores de 30 anos. Tristemente, perdemos 42%, o que deve multiplicar nosso compromisso e esforços para salvá-los.

Os pais, a igreja e a educação adventista, por palavra e exemplo, devem inspirar as novas gerações a ter um relacionamento vivo com o Senhor e um fiel compromisso com a missão, integrando, cuidando, desafiando e levando-as à eternidade. Pela graça de Deus, eu vou. Conto com você!

STANLEY ARCO é presidente da Igreja Adventista para a América do Sul

(Artigo publicado na seção Bússola da edição de agosto de 2021 da Revista Adventista)